RESUMO Objetivo: A atividade da paraoxonase1 está associada à degeneração macular relacionada à idade. Dois polimorfismos (L55M e Q192R) mostraram aumentar a atividade da paraoxonase1 e foram implicados no desenvolvimento da degeneração macular relacionada à idade. Os estudos que examinaram esses polimorfismos apresentaram resultados conflitantes: nenhum efeito, risco aumentado ou diminuído. Assim, esta meta-análise foi realizada para determinar o efeito desses polimorfismos na degeneração macular relacionada à idade. Métodos: Foi feita uma busca nos bancos de dados PubMed, EBSCO, LILACS e SCOPUS, bem como nas bibliografias compiladas das publicações, buscando-se estudos caso-controle que tivessem analisado os polimorfismos da paraoxonase1 e a degeneração macular relacionada à idade. Os dados foram analisados com software Comprehensive Meta-Analysis, versão 2.2, e NCSS Statistical, versão 2020. As distribuições de genótipos foram extraídas e, dependendo do nível de heterogeneidade, modelos de efeitos fixos ou aleatórios foram utilizados para calcular razões de probabilidade (RPs) combinadas, com intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para os modelos genéticos heterozigoto, homozigoto, dominante, recessivo e alélico. Resultados: Em geral, nenhum dos modelos genéticos demonstrou associação significativa para o polimorfismo L55M. Entretanto, em populações não asiáticas, foi determinada uma associação significativa para os modelos genéticos heterozigoto e dominante (RPfaixa=1,24-1,27, p<0,05). Para a população asiática, os modelos heterozigoto, dominante e alélico mostraram um fator benéfico ou protetor (RPfaixa=0,29-0,35, p<0,05). Para o polimorfismo Q192R, nenhum dos modelos genéticos demonstrou qualquer associação significativa. Porém, quando a coorte foi agrupada por etnia, determinou-se uma associação significativa na população asiática para os modelos genéticos recessivo e alélico (RPfaixa=1,63-2,08, p<0,05). Contudo, nenhuma associação foi observada para a população não asiática. Não houve risco identificável quando a coorte foi estratificada em exsudativa e não exsudativa. Conclusões: Determinamos que o polimorfismo L55M da paraoxonase1 de fato aumenta o risco de desenvolvimento de degeneração macular relacionada à idade em populações não asiáticas, enquanto que em populações asiáticas, esse polimorfismo tem um efeito protetor. Porém, para o polimorfismo Q192R da paraoxonase1, apenas a população asiática demonstrou risco de desenvolver degeneração macular relacionada à idade.

ABSTRACT Purpose: Paraoxonase-1 activity is associated with age-related macular degeneration. Two polymorphisms (L55M and Q192R) were shown to increase paraoxonase-1 activity and have been implicated in the development of age-related macular degeneration. The results of studies that have examined these polymorphisms are conflicting, showing no effect, as well as increased or decreased risk. Therefore, this meta-analysis was conducted to determine the effect of these polymorphisms on age-related macular degeneration. Methods: PubMed, EBSCO, LILACS, and Scopus databases, as well as and the retrieved bibliographies of publications were searched for case-control studies that examined for paraoxonase-1 polymorphisms and age-related macular degeneration. Data were analyzed using the Comprehensive Meta-Analysis Version 2.2 and the NCSS Statistical Version 2020 software. Genotype distributions were extracted and, depending on the level of heterogeneity, fixed effects or random effects models were used to calculate pooled odds ratios (ORs) with 95% confidence intervals (95% CIs) for the heterozygous, homozygous, dominant, recessive, and allelic genetic models. Results: Overall, for the L55M polymorphism, none of the genetic models demonstrated a significant association. However, for non-Asian populations, a significant association was determined for the heterozygous and dominant genetic models (ORrange=1.24-1.27, p<0.05). For the Asian population, the heterozygous, dominant, and allelic genetic models demonstrated a benefit/protective factor (ORrange=0.29-0.35, p<0.05). For the Q192R polymorphism, none of the genetic models demonstrated a significant association. However, when the cohort was grouped by ethnicity, a significant association was determined in the Asian population for the recessive and allelic genetic models (ORrange=1.63-2.08, p<0.05). However, for the non-Asian population, there was no association observed. Also, there was no identifiable risk when the cohort was stratified into exudative and non-exudative cases. Conclusions: The paraoxonase-1L55M polymorphism increases the risk of developing age-related macular degeneration in non-Asian populations, whereas in Asian populations, the polymorphism exerts a protective effect. However, for the paraoxonase-1 Q192R polymorphism, only the Asian population demonstrated a risk of developing age-related macular degeneration.

Abstract Introduction Our aim was to evaluate the dietary intake and anthropometric indices in medical students with positive family history of type 2 diabetes (FH-T2D)(+) and without FH-T2D(-). Material and Methods 144 students were analyzed in this cross-sectional, observational study, conducted during the 2017-2018 school year using interviews and 7-day food diary. The participants were characterized anthropometrically. Waist-to-hip ratio (WHR) and waist-to-height ratio (WHtR), corrected mid-arm muscle area (MAMA), fat arm index (FAI), and tricipital skinfold (TSF) were calculated. Results We found that 79.2% (95%CI:72.5-85.8) had FH-T2D. BMI was significantly higher in the participants with FH-T2D than without (23.7±3.8 vs. 25.0±3.7, respectively; p<0.05). No significant differences were determined in the indices based on central fat distribution (WHtR and WHR), peripheral distribution (FAI and TSF), or muscle mass (MAMA), when stratified by FH-T2D. Regarding dietary intake, when comparing participants with and without FH-T2D, respectively, we observed low/none legume consumption [30% (95%CI:21.4-38.2) vs. 23% (95%CI:8.2-38.5)], diets high in proteins [38.6% (95%CI:29.7-47.5) vs. 46.7% (95%CI:28.8-64.5)], low in carbohydrates [84.2% (95%CI:77.5-90.9) vs. 83.3% (95%CI:70.0-96.7)], and insufficient energy intake [64% (95%CI:55.2-72.8) vs. 56.7% (95%CI:38.9-74.4)], where the alterations in the dietary pattern were more detrimental for the FH-T2D(+) group. Lastly, the participants with FH-T2D consumed mainly late in the day [60% (95%CI:50.6-68.6) vs. 54% (95%CI:35.5-71.2)]. Conclusions Even though there were minimal significant differences with the consumption by food categories, those students with FH-T2D presented with a poor, little varied and unbalanced dietary pattern with energy consumption mainly at night. These factors, if prolonged, could increase the risk of developing type 2 diabetes.

Resumen Introducción Nuestro objetivo fue evaluar la ingesta dietética y los índices antropométricos en estudiantes de medicina con historia familiar positiva de diabetes tipo 2 (FH-T2D)(+) y sin antecedentes familiares FH-T2D(-). Material y Métodos 144 estudiantes fueron analizados en este estudio transversal y observacional realizado durante el año escolar 2017-2018 mediante entrevistas y un diario de alimentos de 7 días. Los participantes se caracterizaron antropométricamente. Se calculó el ínidce cintura-cadera (WHR) y el índice cintura-altura (WHtR), el área muscular corregida de la mitad del brazo (MAMA), el índice de grasa del brazo (FAI) así como el pliegue cutáneo tricipital (TSF). Resultados El 79,2% (95%CI:72,5-85,8) tenían FH-T2D. El IMC fue significativamente mayor en los participantes con FH-T2D que en aquellos sin FH-T2D (23,7±3,8 vs. 25,0±3,7, respectivamente; p<0,05). No se determinaron diferencias significativas en los índices basados en la distribución de grasa central (WHtR y WHR), la distribución periférica (FAI y TSF) o la masa muscular (MAMA), cuando se estratificó por FH-T2D. Al comparar la ingesta dietética de participantes con y sin FH-T2D, respectivamente, observamos un consumo bajo/ninguno de leguminosas [30% (95%CI:21,4-38,2) frente a 23% (95%CI:8,2-38,5)], dietas altas en proteínas [38,6% (95%CI:29,7-47,5) frente a 46,7% (95%CI:28,8-64,5)], bajas en carbohidratos [84,2% (95%CI:77,5-90,9) frente a 83,3% (95%CI:70,0-96,7)], y la ingesta de energía insuficiente [64% (95%CI:55,2-72,8) frente a 56,7% (95%CI:38,9-74,4)], donde las alteraciones en el patrón de la dieta fueron más perjudiciales para el grupo FH-T2D(+). Los participantes con FH-T2D consumieron al final del día [60% (95%CI:50,6-68,6) frente a 54% (95%CI:35,5-71,2)]. Conclusiones Aunque hubo diferencias mínimas significativas con el consumo por categorías de alimentos, aquellos estudiantes con FH-T2D presentaron un patrón dietético deficiente, poco variado y desequilibrado con un consumo de energía principalmente por la noche. Estos factores, si se prolongan, podrían aumentar el riesgo de desarrollar diabetes tipo 2.